Durante palestra que deu no seminário "América Latina: política, futuro, igualdade", promovido pelo Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, na Cidade do México, nesta segunda-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff criticou as políticas “neoliberais” adotadas pelo "governo ilegítimo de Michel Temer". “Não é uma questão única do Brasil: toda a América Latina está num processo de retorno ao neoliberalismo”, afirmou.
"O governo ilegítimo está implementando políticas como o congelamento dos gastos públicos por 20 anos; isso significa o congelamento dos gastos em educação e saúde, que afeta os mais pobres", lembrou Dilma. "Sem investimento em ciência e educação, não poderemos entrar na economia do conhecimento", acrescentou. Ela denunciou ainda a "precarização" do trabalho no Brasil, "uma das características fundamentais do neoliberalismo".
Segundo Dilma, o neoliberais “aproveitaram a crise emergente para chegar ao poder", reforçando que os golpistas chegaram ao poder com mentiras e ilações.
"Diziam que eu precisava sair porque o país quebrou. Isso não é certo: quebrou em 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso. A causa fundamental do impeachment foi voltar a enquadrar o Brasil no neoliberalismo”, afirmou. Dilma recordou que, na chegada de Lula ao poder, o “FMI ainda estava presente no país”. Também reivindicou as reservas deixadas como legado pelos Governos do PT: “Estão entre as maiores do mundo, e o Estado tem um grande colchão de liquidez e capacidade de endividamento.”
Ela apontou que a guinada conservadora na região tem muita semelhança com as ditaduras militares que governaram a América Latina na segunda metade do século passado. “Mas, ao contrário daquela época, agora as pessoas sabem que é possível distribuir renda”, disse. A nova “onda conservadora também busca um novo modelo de relação unilateral, sobretudo com os Estados Unidos, em detrimento do multilateralismo”, reforçou.
Dilma também defendeu a candidatura de Lula e mostrou confiança em sua vitória, com base nas últimas pesquisas de intenção de voto. "Não podem tirar o Lula do processo eleitoral. Apesar de darem grande espaço nos meios de comunicação para destruir sua biografia, ele é o mais apoiado. Depois dele, quem tem mais apoio é de extrema direita", lembrou.
“Não podem tirar Lula do processo [eleitoral]. Apesar de darem grande espaço nos meios de comunicação para destruir sua biografia, ele é o mais apoiado", disse. Em entrevista ao La Jornada, a presidenta afirmou que “só com meios de comunicação neogolpistas” poderiam evitar o triunfo de Lula nas eleições, “invalidando um processo de eleição livre, direta, em que o voto popular seja respeitado”.
Sobre a conjuntura atual, a presidenta declarou: “Vivi dois golpes no Brasil: um militar, em 1964, e outro parlamentar. Hoje o Brasil está dividido. E, pela primeira vez na minha vida, vejo uma proposta clara de extrema direita... Em meu país, as transições da ditadura para a democracia e do império para a independência foram controladas pelas elites. E hoje é preciso colocar o povo no centro, com processos democráticos”.
Sobre a corrupção no Brasil, Dilma afirmou que o problema "é muito grave e muito diverso". "Não há corrupção se não houver recursos concentrados em poucas mãos”, advertiu a presidenta, citando a crise das hipotecas subprime de 2008 e 2009 como “o maior escândalo de corrupção dos últimos anos”.
Ela lembrou que “sempre houve corrupção” na América Latina. “Ela é feita com o dinheiro não contabilizado para não pagar impostos. Para erradicá-la, é preciso combater os paraísos fiscais, de onde esse dinheiro sai. Do contrário, não iremos ao fundo do problema: primeiro, é preciso entender do que se trata.”
Fonte:
Com informações de agências e Portal Vermelho.
"O governo ilegítimo está implementando políticas como o congelamento dos gastos públicos por 20 anos; isso significa o congelamento dos gastos em educação e saúde, que afeta os mais pobres", lembrou Dilma. "Sem investimento em ciência e educação, não poderemos entrar na economia do conhecimento", acrescentou. Ela denunciou ainda a "precarização" do trabalho no Brasil, "uma das características fundamentais do neoliberalismo".
Segundo Dilma, o neoliberais “aproveitaram a crise emergente para chegar ao poder", reforçando que os golpistas chegaram ao poder com mentiras e ilações.
"Diziam que eu precisava sair porque o país quebrou. Isso não é certo: quebrou em 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso. A causa fundamental do impeachment foi voltar a enquadrar o Brasil no neoliberalismo”, afirmou. Dilma recordou que, na chegada de Lula ao poder, o “FMI ainda estava presente no país”. Também reivindicou as reservas deixadas como legado pelos Governos do PT: “Estão entre as maiores do mundo, e o Estado tem um grande colchão de liquidez e capacidade de endividamento.”
Ela apontou que a guinada conservadora na região tem muita semelhança com as ditaduras militares que governaram a América Latina na segunda metade do século passado. “Mas, ao contrário daquela época, agora as pessoas sabem que é possível distribuir renda”, disse. A nova “onda conservadora também busca um novo modelo de relação unilateral, sobretudo com os Estados Unidos, em detrimento do multilateralismo”, reforçou.
Dilma também defendeu a candidatura de Lula e mostrou confiança em sua vitória, com base nas últimas pesquisas de intenção de voto. "Não podem tirar o Lula do processo eleitoral. Apesar de darem grande espaço nos meios de comunicação para destruir sua biografia, ele é o mais apoiado. Depois dele, quem tem mais apoio é de extrema direita", lembrou.
“Não podem tirar Lula do processo [eleitoral]. Apesar de darem grande espaço nos meios de comunicação para destruir sua biografia, ele é o mais apoiado", disse. Em entrevista ao La Jornada, a presidenta afirmou que “só com meios de comunicação neogolpistas” poderiam evitar o triunfo de Lula nas eleições, “invalidando um processo de eleição livre, direta, em que o voto popular seja respeitado”.
Sobre a conjuntura atual, a presidenta declarou: “Vivi dois golpes no Brasil: um militar, em 1964, e outro parlamentar. Hoje o Brasil está dividido. E, pela primeira vez na minha vida, vejo uma proposta clara de extrema direita... Em meu país, as transições da ditadura para a democracia e do império para a independência foram controladas pelas elites. E hoje é preciso colocar o povo no centro, com processos democráticos”.
Sobre a corrupção no Brasil, Dilma afirmou que o problema "é muito grave e muito diverso". "Não há corrupção se não houver recursos concentrados em poucas mãos”, advertiu a presidenta, citando a crise das hipotecas subprime de 2008 e 2009 como “o maior escândalo de corrupção dos últimos anos”.
Ela lembrou que “sempre houve corrupção” na América Latina. “Ela é feita com o dinheiro não contabilizado para não pagar impostos. Para erradicá-la, é preciso combater os paraísos fiscais, de onde esse dinheiro sai. Do contrário, não iremos ao fundo do problema: primeiro, é preciso entender do que se trata.”
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Com informações de agências e Portal Vermelho.
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