A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (18) que o ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, permanece no governo. "O ministro Levy fica. Nem se tocou
nesse assunto”, disse em entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia, ao
ser perguntada sobre rumores publicados na imprensa nos últimos dias de
que o ministro deixaria o cargo. "Se ele [Levy] fica, é porque
concordamos com a política econômica dele. Não tinha nenhuma
insatisfação dele. Eu não sei como é que saem essas informações, elas
são muito danosas”, destacou Dilma Rousseff.
A presidenta disse que, além de outras medidas que farão parte do
ajuste fiscal, estratégias para que o governo consiga aprovar a volta da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também a
Desvinculação de Receitas da União (DRU), que permite o governo gastar
livremente parte do Orçamento, estão sendo discutidas com o ministro da
Casa Civil, Jaques Wagner, e com o do Planejamento, Nelson Barbosa. “A
CPMF é crucial para o país. Não estamos aumentando impostos porque
queremos, estamos aumentando impostos porque precisamos. A questão da
CPMF é a melhoria macroeconômica do país. Pode ser que nesse momento
algumas pessoas não entendam, mas certamente entenderão quando os
efeitos que essa medida produzir aparecerem”, avaliou Dilma.
Segundo Dilma Rousseff, “sem a CPMF é muito difícil” que o país
alcance o reequilíbrio fiscal e volte a crescer. “É um grau de
dificuldade máximo. Nós precisamos estabilizar as contas públicas para
que o país volte a crescer, para que se perceba que o Brasil tem uma
solidez fiscal”, justificou, reconhecendo que a crise política que o
Brasil atravessa “é um componente da crise econômica” e disse que “é
óbvio que a crise política amplia as condições de bloqueio para sair da
crise econômica”, mas declarou que as duas são igualmente importantes de
serem resolvidas.
Cunha
A presidenta não quis comentar sobre as denúncias de que Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) tem contas não declaradas na Suíça, pelas quais ele
teria recebido propina."Eu lamento que seja um brasileiro", disse Dilma
sobre repercussão internacional do escândalo envolvendo o presidente da
Câmara. Durante a mesma entrevista, a primeira concedida na Suécia,
primeira etapa de uma viagem pelo norte da Europa que envolve ainda a
Finlândia, Dilma Rousseff negou acusações de que teria feito qualquer
tipo de acordo político com o presidente da Câmara para livrá-lo de uma
cassação de mandato em troca de ele não avançar com a abertura de um
processo de impeachment contra ela.
"Acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo
com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com
o governo, era com a oposição, e é público e notório. Acho estranho
atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja para passar
no Congresso a CPMF, a DRU, as MPs”, afirmou.
Quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a interpretação do presidente da Câmara sobre o rito processual de um eventual processo de impeachment disse que “não tinha como se manifestar sobre qualquer questão que ocorre no Legislativo, nem tampouco no Judiciário. "Nós ainda temos de alcançar uma estabilidade política baseada em um acordo no sentido de que os interesses partidários, pessoais, de cada corrente, têm de ser colocados abaixo dos interesses do país", destacou.
Quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a interpretação do presidente da Câmara sobre o rito processual de um eventual processo de impeachment disse que “não tinha como se manifestar sobre qualquer questão que ocorre no Legislativo, nem tampouco no Judiciário. "Nós ainda temos de alcançar uma estabilidade política baseada em um acordo no sentido de que os interesses partidários, pessoais, de cada corrente, têm de ser colocados abaixo dos interesses do país", destacou.
A presidenta Dilma Rousseff está na Suécia, onde terá compromissos
oficiais com representantes do governo e empresários para ampliar
cooperação comercial e educacional. De acordo com o Ministério das
Relações Exteriores, mais de 200 empresas suecas atuam no Brasil,
empregando cerca de 70 mil pessoas. No ano passado, as trocas comerciais
entre brasileiros e suecos alcançaram US$ 2 bilhões. Na terça-feira
(20), a presidenta Dilma segue para a Finlândia, onde serão celebradas
parcerias no setor educacional.
Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2015/10/na-suecia-dilma-diz-que-levy-fica-no-governo
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